quarta-feira, 27 de junho de 2012

Marinha de Guerra da Alemanha (1935-1945)


Kriegsmarine


A outrora orgulhosa Marinha Imperial do Kaiser ficou reduzida a um punhado de navios obsoletos segundo os termos do Tratado de Versalhes que também proibia a construção de submarinos e porta-aviões. A remodelação da nova armada da Alemanha era tarefa para muitos anos e exigia a liderança de homens decididos e dispostos a enfrentar enormes dificuldades.
Ao chegar à chancelaria Hitler estava consciente que jamais poderia competir em pé de igualdade com o poderio da esquadra britânica, mesmo porque ele era de mentalidade terrestre. Suas maiores conquistas viriam daí. Desta forma, dentro das Wehrmacht, a Kriegsmarine não teve os mesmos benefícios fornecidos ao Exército ou a Luftwaffe. Sua estratégia naval seria a de criar, vagarosamente, uma pequena força, bem selecionada, de alta tecnologia, capaz de perseguir e destroçar seus opositores quando estes estivessem isolados. Era imperativo evitar um confronto direto de forças equivalentes.
Quando a guerra começou a frota de superfície estava longe de ser a ideal e, as boas oportunidades, quando se apresentaram, provou também que estava despreparada como ficou demonstrado na auto-destruição do cruzador Graf Spee e, mais tarde, a perda de vários destróieres e três cruzadores na Noruega. Em jun./1940, após a queda da França e a captura de diversos portos voltados para o Canal da Mancha, este panorama se alterou com o incremento da construção de submarinos e o começo da Batalha do Atlântico, situação da qual os alemães souberam tirar máximo proveito.
A organização da Kriegsmarine estava assim composta:


Comandante em Chefe (Oberbefehlshaber der Kriegsmarine):
Grande-almirante Erich Raeder (24/09/28-30/01/43)
Grande-almirante Karl Dönitz (30/01/43-01/05/45)
General-almirante Hans-Georg von Friedeburg (01/05/45-08/05/45)
Chefe de Estado-Maior (Chef der Stabes der Seekriegsleitung):
Vice-almirante Günther Guse (29/09/34-31/10/38)
Almirante Otto Schniewind (31/10/38-12/06/41)
Almirante Kurt Fricke (13/06/41-20/02/43)
Almirante Wilhelm Meisel (21/02/43-08/05/45)
Chefe de Operações (Chef der Operationsabteilung):
Capitão-do-mar Otto Ciliax  (29/09/34-22/9/36)
Contra-almirante Wilhelm Marschall (22/09/36-01/10/37)
Vice-almirante Kurt Fricke (01/10/37-12/06/41)
Contra-almirante Gerhard Wagner (12/06/41-29/06/44)
Contra-almirante Hans Karl Meyer (29/06/44-08/05/45)
Comandante da Frota Naval (Flottenchef):
Almirante Richard Foerster (22/09/33-20/12/36)
Almirante Rolf Carls (21/12/36-31/10/38)
Almirante Hermann Boehm (01/11/38-20/10/39)
Almirante Wilhelm Marschall (21/10/39-10/03/40)
Vice-almirante Günther Lütjens (11/03/40-23/04/40)
Almirante Wilhelm Marschall  (24/04/40-17/06/40)
Almirante Günther Lütjens (18/06/40-27/05/41)
Vice-almirante Leopold Siemens (27/05/41-12/06/41)
General-Almirante Otto Schniewind (12/06/41-31/07/44)
Vice-almirante Wilhelm Meendsen-Bohlken (31/07/44-08/05/45)

Principais navios:
Couraçados:
Bismarck - 50.400 ton., comissionado em ago./40, afundado em mai./41 durante batalha naval no Atlântico Norte, 1.991 mortos.
Tirpitz - 50.400 ton., comissionado em fev./41, afundado em nov./44 por bombardeio aéreo em Tronso (Noruega), 971 mortos.
Cruzadores de batalha:
Scharnhorst - 32 mil ton., comissionado em jan./39, afundado em dez./43 durante batalha naval no Cabo Norte, 1.932 mortos.
Gneisenau - 32 mil ton., comissionado em mai./38, seriamente atingido em bombardeio aéreo em fev./42, descomissionado em jul./42, afundado deliberadamente em mar./45 em Gotenhafen.
Schleswig-Holstein - 13 mil ton., comissionado em jul./08, seriamente atingido por bombardeio aéreo em dez./44 em Gdynia. Afundado deliberadamente após.
Schlesien - 14 mil ton., comissionado em mai./08, destruido deliberadamente em mai./45 no Mar Báltico.
Cruzadores pesados (Couraçados de bolso):
Lützow (ex-Deutschland) - 13 mil ton., comissionado em abr./33, seriamente danificado em bombardeio aéreo em abr./45.
Admiral Scheer - 13 mil ton., comissionado em nov./34, afundado em bombardeio aéreo em abr./45 em Kiel.
Admiral Graf Spee - 13 mil ton., comissionado em jan./36, auto-destruído após cêrco do inimigo em dez./39 no Rio da Prata (Uruguai), 36 mortos.
Admiral Hipper - 16 mil ton., comissionado em abr./39, deliberadamente afundado em mai./45.
Blücher - 16 mil ton., comissionado em set./39, afundado em abr./40 durante batalha naval na Noruega (Oslo), número de mortos controverso.
Prinz Eugen - 17 mil ton., comissionado em ago./40, sobreviveu a guerra, entretanto foi usado como cobaia norte-americana em teste atômico em dez./46.
Seydlitz - 17 mil ton., conversão para porta-aviões incompleta, deliberadamente afundado em jan./45 em Königsberg.
Cruzadores leves:
Emden - 5.500 ton., comissionado em out./25, seriamente atingido por bombardeio aéreo em fev./45 em Kiel. Destruido deliberadamente dois meses depois.
Karlsruhe - 8 mil ton., comissionado em nov./29, atingido por torpedos e afundado em batalha naval em abr./40 na Noruega (Kristiansand).
Nürnberg - 9 mil ton., comissionado em nov./35, capturado ao final da guerra, transferido à Marinha russa.
Köln - 8.350 ton., comissionado em jan./30, afundado em Wilhelmshaven por bombardeio aéreo em mar./45.
Königsberg - 8 mil ton., comissionado em abr./29, afundado em abr./40 na Noruega (Bergen) após ter sido atingido por bombardeiro de mergulho.
Leipzig - 8 mil ton., comissionado em out./31, sobreviveu a guerra e foi capturado pelos britânicos.


Um comentário:

  1. Mr Lassance,excellent job in publicizing the events that marked the last century, and that puzzles us today looking for reasons for the extermination of innocent

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